quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Gota d'água de Chico Buarque e Paulo Pontes.


A Obra literária Gota d’agua, de Chico Buarque e Paulo Pontes, modifica a tragédia grega Medéia, de Eurípides, contextualizando-a com o Rio de Janeiro da década de 1970. transformando a protagonista na sofrida Joana e Jasão em um sambista, autor da canção que intitula a peça. Elementos presentes na cultura brasileira, como o samba e a macumba, são acrescentados ao mito, além da focalização no contexto brasileiro, no sofrimento de um povo pobre, morador de um conjunto habitacional e explorado por Creonte, dono das casas.
Em Gota d’água Joana abandona seu marido para juntar-se a Jasão, que faz sucesso no rádio com a música “Gota d’água”.
"Já lhe dei meu corpo, minha alegria
Já estanquei meu sangue quando fervia
Olha a voz que me resta
Olha a veia que salta
Olha a gota que falta pro desfecho da festa
Por favor
Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota dágua."

Então Jasão casa-se com Joana e com ela tem dois filhos, porém, ele apaixona-se por Alma, filha de Creonte e abandona o lar para casar com sua amada. Ao ser abandonada Joana pode apenas contar com a ajuda de seu casal de amigos e confidentes Corina e Egeu, a quem confia seus filhos.
Indignado com os juros abusivos cobrados por Creonte, Egeu lidera o “coro dos descontentes” incentivando seus vizinhos a protestarem contra o explorador.
Joana tentou reconquistar Jasão, porém não obteve sucesso e com isso decidiu largar tudo e ir embora para recomeçar sua vida junto com seu dois filhos. Para poder se organizar Joana pede ao pai das crianças que fique com elas por umas duas ou três semanas, ele por sua vez pede ajuda ao seu futuro sogro, Creonte, por estar sem dinheiro.
Joana então manda os filhos irem até a festa de casamento de Jasão e Alma levando um presente para esta última em sinal de que não havia mais ressentimento, porém ao entregarem o embrulho para Alma, Creonte, seu pai, não permitiu que abrisse julgando ser feitiço pelo fato de Joana ser macumbeira.
Com os seus planos de matar seus inimigos fracassados, Joana decide acabar com a sua vida. Abraça seus filhos, abre o embrulho com o bolo envenenado, dá ás crianças e depois come do mesmo.
No final Egeu leva o corpo de Joana no colo, Corina carrega as crianças e ambos põem os corpos na frente de Jasão e Creonte.
Crítica ao livro "Gota D'água"
O livro "Gota D'água" critica o capitalismo mostrando a realidade social da baixa classe brasileira, onde Creonte, personagem explorador do conjunto habitacional, cobrava juros abusivos dos moradores, caracterizando assim o capitalismo.
A partir da leitura do livro, podemos concluir que vivemos em uma sociedade onde a obtenção de lucros é o objetivo principal, o que faz com que as pessoas não pensem no bem estar do próximo.
Gota d'água
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque (1975)
Já lhe dei meu corpo
Minha alegria
Já estanquei meu sangue
Quando fervia
Olha a voz que me resta
Olha a veia que salta
Olha a gota que falta
Pro desfecho da festa
Por favor...
Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d'água...(2x)
Já lhe dei meu corpo
Minha alegria
Já estanquei meu sangue
Quando fervia
Olha a voz que me resta
Olha a veia que salta
Olha a gota que falta
Pro desfecho da festa
Por favor...
Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d'água
Pode ser a gota d'água
Pode ser a gota d'água....
Fonte:www.mundovestibular.com,br

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